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MS exportou US$ 315,4 milhões aos EUA, 2º maior comprador de celulose do Estado.

- Silvana Nadir Garcia Machado MTE - 103/MS
- 13/07/2025
Por: Assessoria
Mato Grosso do Sul exportou US$ 315,4 milhões em produtos para os Estados Unidos entre janeiro e junho de 2025, consolidando o país como o segundo maior destino das vendas externas do estado, atrás apenas da China. O volume embarcado superou as 318 mil toneladas, representando 5,97% do total exportado no semestre, com crescimento de 11,43% em valor em relação ao mesmo período do ano passado.
O desempenho dos Estados Unidos chama atenção em meio à liderança consolidada da China, que absorveu US$ 2,484 bilhões em produtos sul-mato-grossenses, 47,05% do total exportado no semestre. A China, mesmo com uma leve retração de 2,8% em valor, segue como principal parceiro comercial do estado.
No total, Mato Grosso do Sul exportou US$ 5,28 bilhões no primeiro semestre de 2025, um crescimento de 1,76% em valor e 12,27% em volume em comparação com o mesmo período de 2024. Ao todo, foram embarcadas 13,48 milhões de toneladas.
Três Lagoas lidera exportações
Três Lagoas permanece como o principal município exportador do estado, sendo responsável por US$ 189,8 milhões em vendas externas no período, o equivalente a 19,43% do total estadual. Em volume, a cidade exportou 432 mil toneladas, mesmo registrando uma queda de 29,84% em valor na comparação anual. Além de Três Lagoas, os municípios de Ribas do Rio Pardo e Dourados aparecem na sequência, com participações de 13,12% e 8,58%, respectivamente.
A celulose, produzida justamente em Três Lagoas e Ribas do Rio Pardo, é o principal produto exportado por Mato Grosso do Sul. O setor respondeu por US$ 1,72 bilhão no semestre — 32,68% das exportações totais do estado — com um expressivo crescimento de 65,2% no volume embarcado, que chegou a 3,52 milhões de toneladas.
Diversificação da pauta
A soja figura como o segundo item mais exportado, com US$ 1,43 bilhão (27,09% do total), apesar de uma queda significativa de 25,6% no volume e de 27,8% no valor. A carne bovina fresca aparece em terceiro lugar, com crescimento de 39% no volume e movimentação de US$ 758,9 milhões.
Outros destaques positivos foram o minério de ferro, com alta de 11,1% em valor e 63,7% em volume; e produtos classificados como “Outros”, como resíduos vegetais e sucatas, com crescimento expressivo de 970% em valor e 1.471% em volume. Por outro lado, açúcar, farelo de soja, ferro-gusa e couro registraram retração.
Principais destinos
Além de China e Estados Unidos, os principais mercados compradores dos produtos sul-mato-grossenses no semestre foram Argentina (US$ 226 milhões), Itália (US$ 206 milhões) e Holanda (US$ 200,9 milhões). O Uruguai também apresentou forte crescimento, com US$ 186 milhões (+68,36%). Entre os maiores crescimentos percentuais destaca-se Bangladesh, com alta de 233,55%.
Quanto à logística, os portos de Santos (41,67%), Paranaguá (30,55%) e São Francisco do Sul (10,8%) lideram o escoamento dos produtos. O volume exportado pelo Porto de Corumbá dobrou, passando de 2,2 milhões para 4 milhões de toneladas. Já Porto Murtinho apresentou aumento de 180,64%, com 370,1 mil toneladas embarcadas.
Presidente da Fiems classifica sobretaxa como ‘inaceitável’
O bom desempenho das exportações para os Estados Unidos, no entanto, pode ser impactado por uma medida anunciada nesta semana pelo presidente norte-americano Donald Trump, de aplicar uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros importados pelo país, a partir de 1º de agosto.
A decisão acendeu um alerta no setor produtivo de Mato Grosso do Sul e preocupa o setor industrial. Segundo o presidente da Fiems (Federação das Indústrias de MS), Sérgio Longen, a medida é “inaceitável” e exige uma resposta diplomática urgente.
“Temos defendido a competitividade da indústria brasileira. Sobretaxar neste momento é algo difícil. É inaceitável nesses padrões. Precisamos propor, sentar à mesa e buscar uma solução democrática”, declarou Longen.
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