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Com 11 concorrentes, MPE define próximas etapas do concurso para Promotor Substituto.

- Silvana Nadir Garcia Machado MTE - 103/MS
- 07/07/2025
Por: Correio do Estado
Nesta segunda-feira (07),
o Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPMS)
divulgou, o cronograma das próximas fases do XXX Concurso Público para
Promotor de Justiça Substituto, que foi realizado pela Fundação de Apoio à
Pesquisa, ao Ensino e à Cultura - (Fapec), e gerou polêmica após
reprovar 100% dos 186 candidatos que participaram da segunda fase do
certame.
De acordo com o que foi detalhado
no Diário Oficial do MPMS, desses 186 que teriam reprovado na segunda fase do
concurso, apenas cerca de 31% buscou uma revisão, o que resultou em
58 análises de recursos mais recente e nos nomes daqueles que devem ingressar
na carreira do Ministério no cargo de Promotor de Justiça Substituto.
Conforme divulgado pelo Correio
do Estado, a análise dos recursos feita pelo órgão, 11 pessoas foram
consideradas aprovadas e seguem na disputa pelas vagas de Promotor de Justiça
Substituto, com salários que chegam a R$ 100 mil.
Esse concurso oferece dez vagas,
sendo sete para ampla concorrência, uma para pessoa com deficiência (PcD) e
duas para negros/indígenas.
As próximas etapas do processo
seletivo estão assim definidas:
03 de agosto de 2025: avaliação
psicotécnica;
05 de setembro de 2025: sorteio
da ordem de arguição e entrega dos autos para a prova de tribuna;
07 e 08 de setembro de 2025:
provas orais;
Na sequência, os próximos passos
serão a apresentação de títulos, exames de sanidade física e mental,
investigação social e análise de vida pregressa.
O concurso, que vai preencher
vagas na carreira de Promotor de Justiça Substituto, exige dos candidatos bacharelado
em Direito e, no mínimo, três anos de atividade jurídica.
O QUE DIZ O EDITAL?
Para ser aprovado, é importante
lembrar que o candidato precisaria obrigatoriamente tirar pelo menos cinco
pontos em todas as provas, além de obter uma média geral de no mínimo seis
pontos.
Sendo um dos maiores salários do
País, o edital do 30° concurso anunciava salário inicial de pouco mais de R$
32,2 mil.
Com 1,9 mil inscritos e uma
taxa de R$ 323,00, a Fapec recebeu em torno de R$ 630 mil somente dos advogados
que tentaram o concurso, sendo mais R$ 497 mil do próprio MPMS, que contratou a
Fundação sem licitação.
No concurso anterior (29º), que
também ofereceu dez vagas, oito candidatos foram aprovados e desde setembro do
ano passado trabalham na instituição. Todos são procedentes de outros estados.
SALÁRIO
O edital do concurso atual
anunciava salário inicial de pouco mais de R$ 32 mil. Porém, a grande maioria
dos promotores e procuradores de Mato Grosso do Sul recebe acima de R$ 100 mil
ao final de cada mês
Além do salário-base, eles
recebem auxílio-alimentação, transporte, saúde e educação para driblar o teto
salarial estipulado pela Constituição, atualmente de R$ 46,3 mil.
Além disso, o MPE adotou o que se
pode chamar de super-penduricalhos e que consomem em torno de R$ 5 milhões
por mês dos cofres públicos somente com promotores e procuradores da ativa.
Enquanto que o axílio-alimentação
garante, em média, “apenas” R$ 3,5 mil no bolso de um procurador de
justiça de Mato Grosso do Sul, a “compensação de plantão” rende até R$ 38 mil.
E, a chamada “cumulação”, outros R$ 12,5 para a mesma pessoa, escolhida
aleatoriamente no site da instituição, que não divulga mais nominalmente o
valor dos salários.
O site da transparência do MPE
não cita mais os nomes dos servidores. Disponibiliza apenas o número da
matrícula e o local de lotação. Além disso, os valores estão divididos em
várias tabelas, o que dificulta a descoberta do valor exato que cada
servidor recebe, embora a legislação determine total transparência.
Vetado para a grande maioria dos
servidores públicos desde a reforma previdenciária de 1997, a licença-prêmio,
que garante três meses de “férias” a cada cinco anos de trabalho sem faltas
injustificadas, é outro privilégio que engorda os salário dos membros do MPE.
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