A cidade de Paranaíba registrou nesta quinta-feira (31) um dos menores índices de umidade relativa do ar em todo o Brasil, atingindo apenas 13%, valor considerado crítico para a saúde humana. Os dados foram divulgados pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) e colocam o município na terceira posição entre os piores índices do país no dia.

O índice de Paranaíba foi igual ao de Barretos (SP), ficando acima apenas de Ituverava (SP), que marcou 12%, e Campina Verde (MG), que teve a menor umidade do Brasil, com 11%, até as 15h desta quinta.

A baixa umidade do ar é uma das marcas do inverno em grande parte do território brasileiro, especialmente no Centro-Oeste. Segundo os meteorologistas, a situação é provocada por grandes massas de ar seco que dificultam a formação de nuvens e chuvas.

Riscos à saúde

Conforme alertam especialistas, níveis abaixo de 30% já são considerados perigosos. O ar seco pode provocar ressecamento da pele e das mucosas, crises alérgicas, sangramento nasal, irritação nos olhos e dificuldades respiratórias. Além disso, a baixa umidade prejudica a dispersão de poluentes, comprometendo ainda mais a qualidade do ar.

Para minimizar os efeitos do tempo seco, autoridades de saúde recomendam uma série de cuidados: beber bastante água, usar umidificadores ou toalhas molhadas em ambientes fechados, aplicar soro fisiológico nas narinas e nos olhos, evitar exercícios físicos intensos nos períodos mais quentes do dia e manter ambientes arejados.

Inverno seco em MS

O inverno de 2025 tem se caracterizado, no Centro-Oeste, por dias quentes e secos. Ao contrário de outras regiões do país, onde o frio e as geadas se destacaram, Mato Grosso do Sul enfrenta uma estação marcada pela escassez de chuvas e pelo calor acima da média em vários municípios.

A previsão para o restante do inverno indica que o cenário deve continuar semelhante nas próximas semanas, com pouca umidade e temperaturas elevadas durante o dia.