Coxim e Paranaíba integrarão cinturão hospitalar para desafogar grandes cidades de MS.
Silvana Nadir Garcia Machado MTE - 103/MS
16/08/2025
Por: Governo do MS
As cidades de Coxim e a de
Paranaíba estão entre as que farão parte de um cinturão de hospitais de pequena
e média complexidade para desafogar a demanda nas maiores cidades de Mato
Grosso do Sul. A reorganização da rede, chamada de Nova Arquitetura da Saúde,
foi apresentada nesta sexta-feira (15) pelo secretário estadual de Saúde,
Maurício Simões Corrêa, e prevê que unidades regionais assumam atendimentos
hoje concentrados em Campo Grande, Dourados, Três Lagoas e Corumbá.
Segundo Simões, as microrregiões terão papel
estratégico, com financiamento fixo para manter a estrutura hospitalar e
incentivo variável conforme a produtividade, medida por número de procedimentos
assistenciais. “Muitas vezes, o município já tem boa estrutura e recursos humanos.
O que falta é incentivo para que possa produzir e atender sua região”,
explicou.
O plano estabelece que cidades pequenas foquem
na atenção primária, como prevenção, acompanhamento de doenças crônicas e
consultas básicas. Já cidades médias, como Coxim e Paranaíba, vão fortalecer a
atenção secundária, com especialistas, exames e atendimento de urgência e
emergência. A alta complexidade ficará restrita aos grandes centros, com
cirurgias especializadas, UTI e transplantes.
O diagnóstico que embasou a mudança apontou
que, dos 4.637 leitos nos 103 hospitais do Estado, 40% estavam ociosos. A baixa
resolutividade fazia pacientes de casos simples serem transferidos para a
Capital, sobrecarregando as unidades de referência. “Um hospital de alta
complexidade deve ser exclusivo para casos graves. Situações simples, como uma
dor abdominal leve, precisam ser atendidas na atenção básica”, ressaltou o
secretário.
Um projeto-piloto já está em funcionamento há
dois meses em Coxim, Ribas do Rio Pardo, Aquidauana, Maracaju e Sidrolândia. A
reorganização segue a Resolução nº 598/CIB/SES, que define parâmetros de
resolutividade e complexidade para cada tipo de hospital.
O plano de regionalização já conta com mais de
R$ 2,2 bilhões investidos desde 2023 em obras, equipamentos, veículos,
capacitação e incentivos. Entre as ações em andamento estão o Hospital Regional
de Três Lagoas, já em operação; o Hospital Regional de Dourados, previsto para
2025; e a PPP do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande, que
ampliará de 362 para 577 leitos.
Para a
diretora-presidente da Fundação Serviços de Saúde de MS, Marielle Alves Corrêa
Esgalha, a medida vai fortalecer o atendimento em todos os níveis do SUS. “Essa
distribuição correta evita sobrecarga e garante que cada cidadão receba o
cuidado adequado, no lugar certo e no momento certo”, afirmou.
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