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Donos de postos mais uma vez barram queda no preço da gasolina.

- Silvana Nadir Garcia Machado MTE - 103/MS
- 17/08/2025
Por: Correio do Estado
Duas semanas depois do aumento da quantidade de etanol na gasolina, que passou de 27% para 30%, os preços nas bombas seguem inalterados nos postos de Campo Grande e do interior do Estado, conforme pesquisas mostradas pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) encerradas neste sábado.
Quando do anúncio da medida, em meados de julho, o Governo Federal chegou a uma estimativa que teria queda de até 20 centavos no preço da gasolina. Especialistas do setor, porém, previram que esta redução chegaria, no máximo, a 13 centavos.
Uma pesquisa da ANP feita em 23 postos de Campo Grande e disponibilizada neste sábado, porém, mostra que o preço médio da gasolina é igual ao final de julho, R$ 5,76. Este é o segundo menor preço entre todas as capitais, ficando atrás apenas de São Luis (MA), onde o valor médio está em R$ 5,69.
O mesmo ocorre com o preço médio em todo o Estado, que até este sábado (16) continua com os mesmos R$ 5,95 do final do mês passado.
Esta pesquisa aponta que o menor preço colocado nos mesmos de Campo Grande neste sábado era de R$ 5,56 e o maior, de R$ 5,99. A diferença de um posto para outro chega a 43 centavos, ou 7,7%, evidenciando que compensa pesquisar antes de abastecer. Ao colocar 40 litros, a economia pode chegar a R$ 17,20.
Mas, ao contrário de Campo Grande, em outras 13 capitais o mesmo levantamento de preços caiu nos valores. Em nenhuma capital, porém, chegou aos 13 centavos previstos pelos especialistas. A queda mais significativa ocorreu em Belo Horizonte, de 8 centavos.
Porém, pior que em Campo Grande, onde não ocorreu nenhuma queda de preços, estão os consumidores de sete capitais, nas quais ocorreram aumentos. Ou seja, além de pagarem mais caro, os proprietários de veículos ainda fornecem rodar menos com o combustível, já que a adição de volume maior de etanol reduz o rendimento do motor.
E por conta deste aumento, o valor médio da gasolina comum no Brasil é um centavo acima daquilo que estava há duas semanas, passando de R$ 6,19 para R$ 6,20.
Nesse sentido, a adição de mais etanol à gasolina deveria ter levado à redução do preço final do combustível devido ao menor custo de produção do etanol e à menor carga tributária incidente sobre o combustível renovável.
REPETIÇÃO
No final de maio, quando a Petrobras impediu o preço da gasolina em 17 centavos e anteriormente caiu de 12 centavos ao consumidor, os donos de postos de Campo Grande, assim como em boa parte do país, também “se esqueceram” de repassar a queda ao consumo.
Antes desse anúncio da Petrobras, o preço médio nos postos de Campo Grante estava em R$ 5,84. Hoje, dois meses e meio depois, você recuperou para R$ 5,76, o que significa apenas 8 centavos, em média, conforme mostra pesquisa da ANP. Ou seja, até agora aquela redução ainda não foi repassada aos consumidores.
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