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e-MS dificulta defesa em multas ambientais de Mato Grosso do Sul, acusam advogados.

- Silvana Nadir Garcia Machado MTE - 103/MS
- 17/08/2025
Por: Midiamax
Problemas no funcionamento do
e-MS dificultam a defesa em casos como processos com multas ambientais
aplicadas em Mato Grosso do Sul, acusam advogados.
Ação civil pública movida pelo
Idam (Instituto de Direito Agroambiental) acusa o Imasul (Instituto de Meio
Ambiente de Mato Grosso do Sul) de falta de transparência e de dificultar
defesa de autuados em processos ambientais pelo órgão.
No site oficial, o Idam afirma
ser entidade civil privada, sem fins lucrativos, com sede em Florianópolis
(SC), que tem como objetivo garantir a segurança jurídica nas relações ambientais
e do agronegócio.
O Imasul é uma autarquia
responsável pela gestão ambiental, vinculada à Semadesc (Secretaria de Meio
Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), pasta chefiada por
Jaime Verruck.
No processo, os advogados que
atuam na entidade afirmam que enfrentam dificuldades constantes no acesso a
documentos e na obtenção de cópias de processos essenciais para a defesa dos
interesses de seus clientes.
Para a entidade, a situação se
agravou com a conversão dos processos físicos para eletrônicos (e-MS). “Em vez
de proporcionar transparência e agilidade, tem se mostrado ineficaz, pois as
informações disponibilizadas são incompletas e desencontradas; atualmente, o
fornecimento de cópias de processos administrativos ocorre exclusivamente por
meio do e-mail atendimento@imasul.ms.gov.br, procedimento que impõe entraves
burocráticos desnecessários, tornando o acesso às informações ainda mais moroso
e incerto”.
Por outro lado, o Imasul
informou à Justiça que não foram apresentadas provas que demonstrem a alegada
demora no atendimento de solicitações. Ainda, que os processos exigem análises
técnicas e fundamentadas, que demandam tempo, considerando a complexidade do
tema.
A entidade anexou decisões
judiciais de outros casos em que foi reconhecido judicialmente a morosidade
injustificada do Imasul para disponibilizar documentação. No entanto, o juiz Ariovaldo
Nantes Corrêa entendeu não ser suficiente para comprovar uma falha estrutural.
Por isso, o magistrado recebeu
a ação, mas negou liminarmente um pedido para que o órgão ambiental
disponibilize acesso integral e rápido a processos administrativos. Então, o
juiz abriu prazo para o Imasul apresentar nova contestação e dar continuidade
ao processo.
A reportagem acionou os canais
oficiais de comunicação do Imasul, mas não obteve retorno. O espaço segue
aberto para manifestação.
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