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Ministério da Saúde investiga quatro contaminações por metanol em MS

- Silvana Nadir Garcia Machado MTE - 103/MS
- 05/10/2025
Por: Correio do Estado
O Ministério da Saúde
confirmou neste sábado (4) que Mato Grosso do Sul está entre os estados com
mais casos em investigação por intoxicação por metanol em bebidas
alcoólicas adulteradas em todo o país. Quatro ocorrências suspeitas são
apuradas no estado, que entrou em alerta após a morte de Matheus Santana
Falcão, de 21 anos, em Campo Grande, com sintomas compatíveis com envenenamento
pelo composto químico.
A vítima teria ingerido uma cachaça comprada em uma conveniência do bairro onde morava, identificada como NaschBeer. Segundo o boletim de ocorrência, o irmão de Matheus adquiriu a bebida, da marca “Camelinho”, na quarta-feira (2), após não conseguir comprar em um supermercado da região. No dia seguinte, o jovem apresentou mal-estar gástrico, náuseas e vômitos escurecidos, evoluindo rapidamente para um quadro grave.
Familiares relataram demora no
atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que, segundo
eles, levou mais de duas horas para chegar ao local. Matheus deu entrada na
Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Bairro Universitário às 18h20min ainda
consciente, mas sofreu uma crise convulsiva 25 minutos depois, sendo levado à
área vermelha e intubado. Velado neste sábado, ele não resistiu e morreu às
19h53min.
O caso ocorre em meio ao aumento de notificações no país. Segundo o Ministério da Saúde, 127 casos de intoxicação por metanol foram registrados, sendo 11 confirmados e 12 mortes notificadas — uma já confirmada em São Paulo. A maior parte das ocorrências está concentrada em São Paulo (104), mas há registros também em Pernambuco (7), Bahia, Goiás e Paraná (2 cada), além de notificações isoladas em outros estados.
Antídoto
Para reforçar o combate à
crise, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou a aquisição de 12 mil
novas ampolas de etanol farmacêutico e 2,5 mil unidades de fomepizol, antídotos
utilizados no tratamento de intoxicações por metanol. Os medicamentos devem
estar disponíveis até o final da próxima semana e serão distribuídos conforme a
demanda de cada estado via hospitais universitários.
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