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Deputados defendem jornada 6x1 e concordam em subir isenção do IR.

- Silvana Nadir Garcia Machado MTE - 103/MS
- 02/07/2025
Por: Correio do Estado
A
maioria dos deputados é contra o fim da jornada 6x1 (70%) e é favorável (88%) à
elevação da faixa de isenção do imposto de renda. É o que aponta pesquisa
Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira, 2. O levantamento mostra um recuo
dos parlamentares especialmente em relação à pauta da escala de trabalho, já
que aproximadamente 41% deles (210 dos 513) assinaram a proposta de emenda à
Constituição que trata do tema, de autoria da deputada Erika Hilton (PSOL-SP). A
pesquisa Genial/Quaest ouviu 203 dos 513 deputados entre 7 de maio e 30 de
junho e tem 4,5 pontos porcentuais de margem de erro para mais ou para menos.
Entre
os deputados ouvidos, 70% dos deputados são contra o fim da jornada 6x1, 22%
deles são a favor e 8% não sabem ou não responderam. Esse tema ganhou tração
especial no final do ano passado, quando ativistas de esquerda se organizaram
nas redes sociais e nas ruas pedindo a aprovação da PEC da deputada Erika
Hilton. Com a pressão, deputados do Centrão aderiram, mas a poeira baixou nos
meses seguintes.
Em
fevereiro deste ano a PEC foi enfim protocolada e, em maio, foi instalada uma
subcomissão para discutir o tema. Já sobre a elevação de faixa de isenção do
Imposto de Renda, a adesão é alta. A pesquisa mostra que 88% dos deputados são
a favor, ante 5% de parlamentares contra e 7% que não sabem ou não responderam.
Há
alta adesão de deputados também à exploração do petróleo na Amazônia, tema que
tem a oposição da ministra do Meio Ambiente do governo, Marina Silva, e para o
aumento das penas para roubos. Nesses dois casos, respectivamente, 88% e 76%
dos deputados são a favor, 10% e 16% são contra e 7% e 8% não sabem ou não
responderam. Do outro lado, há alta rejeição à exclusão das verbas do
Judiciário do limite de gastos e o projeto de lei que regulamenta os
supersalários.
Apenas
15% dizem ser a favor do projeto sobre o Judiciário, enquanto 70% são contra e
15% não sabem ou não responderam. Já o projeto dos supersalários tem o apoio de
32% dos entrevistados e a rejeição de 53%. Os que não sabem e não responderam
são 15%. Duas propostas são mais divisivas e estão tecnicamente empatadas
dentro da margem de erro de 4,5 pontos porcentuais. São estas a PEC da
Segurança Pública (42% a favor ante 42% contra), a elevação da taxa de IR para
os super-ricos (44% ante 46% contra)
Os demais
projetos elencados têm maioria favorável. São estes a inclusão de verbas
indenizatórias no teto constitucional (48% ante 38%), nova política de ensino à
distância (53% ante 35%), projeto de lei alternativo à anistia (54% ante 24%),
proibição de apostas online por beneficiários de programas sociais (55% a 38%),
segunda parte da reforma tributária (63% ante 29%) e o fim da reeleição para o
executivo, e aumento dos mandatos (69% ante 20%).
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